Idealizada por Tião Soares, metodologia inovadora, a auscultação social consiste em realizar, antes, durante e depois das atividades, diálogos permanentes com educadores, educandos, gestores e comunidade levando-se em conta o “fazer com”, fazer junto, em contraposição ao “fazer para”.
Saiba mais:
http://auscultasocial.blogspot.com/
Auscultação Social: Um Olhar sobre a Cultura como Política e suas Práticas no interior de Projetos Sociais
(parte do folheto de Trabalho apresentado no Fórum Social Mundial 2009 em Belém do Pará)
Não devemos reinventar a roda, mas fazê-la rodar. Muitas atividades já foram desenvolvidas nas comunidades e cabe a nós enxergá-las com outros olhos. É necessário valorizar e aproveitar, ao máximo, as experiências já vivenciadas pelos atores sociais e fazer valer a prática da educação compartilhada e a troca de conhecimentos.
As ferramentas da auscultação social estabelecem em si um jeito de escutar e de observar os gestos, os ruídos internos e o que há dentro de cada um, escutar o barulho do silêncio e o que o gesto comunica. Valorizar o saber social da comunidade, observar seus modos de vida, conhecer raízes de seu acervo cultural, a origem e história dos moradores, resgatar a memória coletiva são caminhos para despertar um sentimento de pertencimento. É desta forma que a metodologia da ausculta social propõe a pensar a cultura como uma política pública. A cultura da raiz, da origem da historia que as pessoas vivem em suas comunidades. O sentido do jeito e o jeito de ser de cada um e de cada comunidade.
Na prática, diálogos permanentes e contextualizados com educadores, educandos, gestores e comunidade, privilegiando o “fazer com”, fazer junto com a comunidade, em contraposição ao “fazer para”, nos mostra que é através da cultura que afrontamos o destino com que nos deparamos. É através da cultura renovada e de uma educação renovada que seremos capazes de responder aos desafios da era planetária e remediar as carências mais fundamentais de nossas culturas.
Assim as atividades educativas, culturais, artística e de cidadania tem caráter formativo e são trabalhadas em círculos culturais, ou seja, valendo-se do método, que é a nosso ver, inovador, mas bastante simples: A auscultação Social.
Apesar do Desencantamento do Mundo moderno, por meio da ausculta social, lições são aprendidas e tiradas no caminho trilhado, proporcionando a ampliação do desenvolvimento humano em outras comunidades, dando-lhe um caráter de articulação da arte, da cultura e da cidadania.
Cultura e Educação: Pares para a Sustentabilidade Humana
(resenha de folheto do Trabalho apresentado no Fórum Social Mundial 2009 em Belém do Pará)
Pensar a cultura e a educação como pares para a sustentabilidade humana, é pensar em ações que se constituam em ponto de partida, em instrumento para um debate que culmine em uma perspectiva da problemática educativa, cultural e de valores humanos.
Culturalizar a educação é arte que se constrói fazendo fruir práticas e manifestações na sua localidade. Da conversa em pé-de-calçada e da roda de conversa, o saber e o viver de cada um é fator importante no processo de aprendizagem.
As piscadelas de um olhar têm sentidos diferentes porque a cultura se manifesta através das culturas, como a linguagem humana só pode se manifestar através das diversas linguagens. De modo, que a idéia da sustentabilidade é nomeadamente humana e para tanto ela se fundamenta por meio desses pares: Cultura e educação.
Como conceber um projeto possível de desenvolver o potencial criativo de pessoas e pensar na possibilidade que este seja construído por elas, considerando que a cultura é um complexo conjunto de hábitos, costumes, práticas, normas, proibições, estratégias, idéias, transmitidos de geração, que se reproduzem e se mantém, produzindo a complexidade humana?
A união da cultura com a educação possibilita abrir janelas críticas e conscientes, para que as pessoas se tornem capazes de refletir sobre os seus fazeres e saberes. Saberes deixados para trás e ou adormecidos, devido ao grande fluxo de informações, vez transformados em deformações.
A metodologia da auscultação social usada em projetos sociais que se desenvolvem em alguns espaços comunitários e governamentais – sociedades de bairro, casas de cultura, oficinas culturais, Ongs, etc – despertam o entendimento do fazer saber, da compreensão do ser como produtor de sua própria cultura.
Assim a palavra cultura pode ter um segundo sentido além do antropológico. Este segundo é particular, singular, ligado a uma sociedade, a um outro momento histórico. Cada sociedade comporta sua própria cultura, sua própria linguagem, técnicas, valores, mitos, crenças.
Pensar a cultura e a educação como pares para a sustentabilidade humana, é pensar em ações que se constituam em ponto de partida, em instrumento para um debate que culmine em uma perspectiva da problemática educativa, cultural e de valores humanos.
Culturalizar a educação é arte que se constrói fazendo fruir práticas e manifestações na sua localidade. Da conversa em pé-de-calçada e da roda de conversa, o saber e o viver de cada um é fator importante no processo de aprendizagem.
As piscadelas de um olhar têm sentidos diferentes porque a cultura se manifesta através das culturas, como a linguagem humana só pode se manifestar através das diversas linguagens. De modo, que a idéia da sustentabilidade é nomeadamente humana e para tanto ela se fundamenta por meio desses pares: Cultura e educação.
Caros (as),
ResponderExcluirEncontrei na internet este relato de uma oficina da qual tomei parte no Fórum Social Mundial - 2009 em Belem do Pará e que trata de uma metodologia de participação popular.
Na minha opinião, baseada na experiências prática como agente cultural, gestor e produtor cultural e em leituras , a falta de diálogo efetivo e o compartilhento de saberes e poderes são fatores que comprometem a sustentabilidade de muitos projetos e programas que começaram bem, mas que decaíram ou acabaram.
Um processo chegar ao fim é bem natural, mas um bom indicador de resultados pode ser os frutos gerados a partir dele, inclusive outros projetos e programas.
É certe que o FASC gerou, mas poderia ter gerado mais e melhor. Ao trazermos a necessidade de um NOVO FASC, pensamos que é importante ouvirmos mais para evitarmos os erros e potencializarmos os acertos de outrora.
Dois links de um evento do qual fui o coordenador da produção reforçam esta premissa.
Fala de Simão Neto
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=4XUp0dRwesk
E
Fala de José Cleto
http://www.youtube.com/watch?v=gNACcr9hk20
Zezito de Oliveia
Uma experiência prática da qual pude exercitar o modelo da ausculta social foi o consórcio cultural. Para saber mais é só acessar o blog consórcio cultural
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