quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Programa Ossos do Ofício está de volta!


O Programa Ossos do Ofício, uma ação da Prefeitura de Aracaju desenvolvida pela Fundação Municipal de Cultura e Turismo – Funcaju – está de volta no próximo dia 30. O projeto, iniciado em Agosto do ano passado, tem por objetivo atuar na formação e aprimoramento dos agentes culturais da cidade através de palestras, debates e workshops gratuitos com estudiosos das áreas de Arte, Cultura, Educação e Cidadania.



Entre as diversas palestras já apresentadas durante o projeto estão “Folclore e Contemporaneidade” com a mestre em sociologia Messalas Santos; “Economia da Cultura” com a doutora em desenvolvimento econômico Verlane Aragão; “Cultura e Comunicação” com o doutor em comunicação Carlos Franciscato e o workshop de Clown com Rafael Barreiras, o Palhaço Gentileza da Cia. de Improvizo Quarto dos Sátiros (PE).


O programa acontecerá quinzenalmente, a partir de 30 de Agosto, na Escola e Oficina de Artes Valdice Teles (EOAVT)* das 19:30h às 21:30h. O público alvo são estudantes do ensino médio e universitários, além de pessoas atuantes e envolvidas em cada setor a ser debatido, porém o espaço é aberto para todos os interessados. Saiba mais clicando aqui.


Confira a programação inicial do ‘Ossos do Ofício’ 2011.2:


            Palestra
         Palestrante
               Data

Corpo Cidade


Maicyra Leão/BA

30/08/2011

Música nas Escolas: benefício ou prática musical inadequada?



Marcos Moreira/SE


13/09/2011

Produção Cultural nas Escolas


José de Oliveira ‘Zezito’/SE

27/09/2011

Nas Miudezas da Cidade


João José Santos/SE
Eder Amaral/SE


11/10/2011



*A EOAVT fica localizada na Avenida Pedro Calazans, 737, Bairro Cirurgia (antigo Colégio Master).

domingo, 14 de agosto de 2011

Abaixo-assinado contra AI-5 digital tem 165 mil assinaturas

Abaixo-assinado contra AI-5 digital tem 165 mil assinaturas

Defenda a liberdade na internet!
no Avaaz.org, sugerido pelo Betinho2
A pressão está funcionando! A pressão popular fez a Câmara adiar a votação. Um Seminário na Câmara para debater o projeto de lei está marcado para o dia 24 de agosto, onde entregaremos a nossa mensagem diretamente para os deputados. Vamos duplicar o nosso chamado antes da entrega!
Na semana que vem, o Congresso poderá votar um projeto de lei que restringiria radicalmente a liberdade da internet no Brasil, criminalizando atividades on-line cotidianas tais como compartilhar músicas e restringir práticas essenciais para blogs. Temos apenas seis dias para barrar a votação.
A pressão da opinião pública derrotou um ataque contra a liberdade da internet em 2009 e nós podemos fazer isso de novo! O projeto de lei tramita neste momento em três comissões da Câmara dos Deputados e esses políticos estão observando atentamente a reação da opinião pública nos dias que antecedem à grande votação. Agora é nossa chance de lançar um protesto nacional e forçá-los a proteger as liberdades da internet.
O Brasil tem mais de 75 milhões de internautas e se nos unirmos nossas vozes poderão ser ensurdecedoras. Envie uma mensagem agora mesmo às lideranças das comissões de Constituição e Justiça, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública e depois divulgue a campanha entre seus amigos e familiares em todo o Brasil!
PS do Viomundo: Como se dizia nas passeatas contra a ditadura, nos anos 80, “você aí parado, também é explorado”.  Vai ficar olhando para a tela do computador? Cansou? Então, faça alguma coisa!
http://www.viomundo.com.br/denuncias/abaixo-assinado-contra-ai-5-digital-tem-165-mil-assinaturas.html

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que o Sebrae pode fazer pela minha banda?

Fonte - Portal Overmundo
Leo Salazar · Recife, PE
3/8/2011 

A missão do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) é fomentar o empreendedorismo e capacitar o empresário para aumentar a competitividade das micro e pequenas empresas brasileiras. Se você deseja abrir uma empresa ou melhorar seu negócio, procure a unidade do Sebrae em sua cidade ou ligue para 0800 570 0800.

O Sebrae possui cinco formas de atendimento ao empreendedor:


#Capacitação

#Consultoria
#Informação técnica
#Promoção e acesso ao mercado
#Acesso a serviços financeiros

Capacitação
– O Sebrae oferece cursos gratuitos e subsidiados, de forma presencial e a distância. Os cursos e treinamentos são de alta qualidade e a programação é extensa. Aproveite para se inscrever em um curso online ou considere fazer o Empretec. Sua empresa vai mudar. Clique para conhecer e se inscrever nos cursos do Sebrae.

Consultoria
– O Sebrae presta consultoria a empresas em formação e empresas já formalizadas e mais avançadas. As consultorias são presenciais e envolvem estudos de viabilidade, planos de negócio, gestão financeira, marketing, inovação e tecnologia, além de diagnósticos para situações específicas. Clique para encontrar consultoria.

Informação técnica
– Encontre informação e publicações sobre questões técnicas para condução de seu negócio, que envolvem gestão, vendas, tecnologia e finanças, respondidas a partir de conteúdos disponíveis no Sebrae ou no mercado. A informação neste caso é genérica e não está dirigida a uma empresa determinada. Ela é oferecida a partir de uma demanda do cliente sem um processo de diagnóstico. A informação é oferecida de forma presencial nos pontos de atendimento do Sebrae ou através de meios como, televisão, rádio, internet, telefone, impressos e vídeos. Clique para encontrar informação técnica.

Promoção e acesso a mercado
– O Sebrae ajuda sua empresa a se aproximar de fornecedores, parceiros e clientes para fomento da atividade econômica. E viabiliza a participação presencial ou online do cliente em eventos de seu interesse, seja como participante, expositor ou visitante. Clique para conhecer as oportunidades de promoção e acesso a mercado.

Acesso a serviços financeiros
– A falta de crédito é obstáculo para o desenvolvimento dos pequenos negócios no Brasil. O Sebrae não é um banco e não empresta recursos, mas contribui para criar uma estrutura adequada de atendimento a seus clientes. Para isso presta informações e faz articulações com instituições financeiras públicas e privadas e órgãos de supervisão e controle, de modo a reduzir as barreiras que enfrentam os empreendedores na busca por recursos financeiros. Clique para conhecer programas para acesso a serviços financeiros.

Produção musical – Em 2010 o Sebrae publicou o livro “Música Ltda: o negócio da música para empreendedores”. O objetivo do livro é apresentar um modelo de microempresa para um grupo musical de acordo com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e com o Simples da Cultura. Os temas abordados são: o negócio da música; empreendedorismo; marketing; finanças; plano de negócio. O livro é comercializado e enviado para todas as cidades brasileiras através da
Livraria Cultura.

Viva o FASC, viva São Cristóvão, viva João Bebe Água.

Marcos Santana disse...

Eu tinha apenas 12 anos de idade quando aconteceu o 1º Festival de Arte de São Cristóvão - FASC. A nossa pequena cidade ficou cheia de gente. De repente uma trupe invadiu nossas ruas e vielas; homens e mulheres, muitos cabeludos, armaram suas barracas nas nossas praças. Foram três dias de magia. Depois deste primeiro FASC, muitos outros aconteceram. Até alguns que se apoderaram dessa denominação (FASC) mas que da idéia original nada tinham. O último FASC aconteceu em 2005 e eu já tinha 46 anos e pude reviver deliciosamente os dias de magia que vivi na minha adolescência. Que venha de novo o FASC. E que venha pra nunca mais ir embora. Viva o FASC, viva São Cristóvão, viva João Bebe Água.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NOVO FASC: A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE É FUNDAMENTAL.


 
Quem produz cultura é a sociedade e não o Estado”. Uma frase/conceito que não esqueci, uma das idéias-chave contidas na carta do encontro preparatório, realizado em Aracaju (SE),  do primeiro seminário sobre cultura, promovido depois pela SUDENE na cidade do Recife (PE), em meados dos anos 80, tempos da nova república e de esperanças renovadas com a retomada das liberdades democráticas, subtraídas pela ditadura civil-militar instalada no fatídico ano de 1964.
E, a partir de então, vai se afirmando, gradualmente, nas iniciativas culturais das quais tomei parte, a convicção de não fazer sentido alijar as comunidades dos processo de elaboração, formulação, implementação, monitoramento e avaliação de politicas públicas culturais. O que está  conforme um dos tópicos apresentados nas páginas 23 e 24 da  apostila da  disciplina política e gestão cultural do Programa de Capacitação em Projetos Culturais, de iniciativa da Fundação Getúlio Vargas Online e do Ministério da Cultura, do qual sou participante.
Contudo, este modo de propor e fazer cultura nem sempre é considerado. Por esta razão, muitas iniciativas culturais vinculadas às instancias de governo e, às vezes, no âmbito das organizações não governamentais, em um dado momento, não encontra fontes de vitalidade para prosseguirem a contento ou gerar  iniciativas autossustentáveis.
Um exemplo que corrobora o que está escrito acima é a mobilização da qual faço parte e que objetiva a formação de uma espécie de comitê gestor formado por representantes dos poderes público municipal, estadual, federal e da sociedade civil organizada para a retomada e continuidade do Festival de Arte de São Cristóvão (FASC).
Esse festival foi idealizado e realizado pela Universidade Federal de Sergipe de 1972 a 1993 em grande estilo e, desde então, até 2006, foi organizado pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão, com altos e baixos, (mais baixos do que altos, diga-se de passagem) com a sequência de realizações interrompida em 2006.
Durante o período do festival, que variava de 3 a 8 dias, a cidade de São Cristóvão era tomada por uma multidão de pessoas, composta de artistas, mestres e brincantes, intelectuais, jornalistas, estudantes, professores, funcionários públicos e trabalhadores em geral, integrantes de diversas tribos que apresentavam e/ou assistiam diferentes tipos de espetáculos, além de comercializarem variados  bens culturais.
Todavia, conforme consta de uma dissertação de mestrado em que o FASC foi um dos eventos culturais estudados, “O município e  sua população participam do evento apenas como cenário e na qualidade de figurantes”.
Dentre alguns problemas gerados por essa postura dos organizadores, têm-se registros de oposição ao FASC de parcela da população mais identificada com o pensamento católico conservador, em especial nos primeiros anos.
Para entender isso, não podemos esquecer que a pacata e centenária cidade recebia mutos artistas, estudantes universitários, jornalistas, intelectuais e hippies que, em muitos casos, com suas vestes diferentes, adereços, comportamentos e valores eram algo bem diverso daquilo a que a população estava acostumada no seu dia a dia.
Também percebemos o pouco investimento em ações mais consistentes e permanentes de extensão cultural, como cursos, oficinas, palestras e seminários, inclusive no campo do empreendedorismo cultural, a fim de “empoderar” os moradores, em especial a juventude.
Caso isso tivesse ocorrido, certamente haveria nos dias de hoje inúmeras iniciativas culturais na cidade de São Cristóvão e municípios adjacentes. Tal fato levaria a iniciativa da organização do festival por parte das organizações da sociedade civil sancristovense, aproveitando o vácuo deixado pelo poder publico federal, estadual e municipal.
Por isso, as demandas apresentadas pelo movimento PRÓ-FASC têm como bases conceituais a parceria, a participação popular, a formação cultural continuada e o empreendedorismo cultural.
Dessa maneira,  estarão asseguradas as estruturas vitais para a retomada de um processo cultural cujos alicerces, dentro das comunidades, estarão bem firmados e capazes de garantir uma conquista mais ampla do que um festival de arte apenas por alguns dias.
Para garantir que estamos no caminho certo, deixaremos como conclusão desse texto, um outro registro que consta na página 25 da  apostila   disciplina política e gestão cultural do Programa de Capacitação em Projetos Culturais já citado, da autoria de Garcia Canclini*.. “A política cultural tem um papel que não se limita a ações pontuais, mas que se ocupa da ação cultural com um sentido contínuo, ao longo de toda a vida e em todos os espaços sociais. A política cultural não reduz a cultura ao discursivo ou o estético, já que procura estimular a ação organizada, autogestionária, reunindo iniciativas mais diversas de todos os grupos, na área política, social, recreativa... A política cultural – além de transmitir conhecimentos e desenvolver a sensibilidade – tenta melhorar as condições sociais para descobrir a criatividade coletiva. A política cultural procura que os próprios sujeitos produzam a arte e a cultura necessárias para resolver seus problemas e afirmar e renovar sua identidade.”

P.S.: De março a maio de 2011, a comissão de articulação do Movimento PRÓ-FASC realizou várias reuniões com a comunidade e com diversos interlocutores que tiveram papel relevante na realização do FASC.
Tendo em vista que desde 1996 a prefeitura é a instância pública encarregada de realizar o festival,  foi solicitado ao prefeito, e aceito por ele, a edição de um decreto municipal para oficializar a criação de uma comissão oficial de organização do FASC, composta por representantes do governo federal (UFS e IPHAN), governo do estado (SECULT e SETUR), governo municipal (secretaria de governo e secretaria de cultura) e da sociedade civil (ACASC e Movimento PRÓ-FASC).
Até o momento aguardamos  essa providência  do prefeito e da secretária municipal de Cultura,  professora Aglaé Fontes de Alencar, tradicional pesquisadora e gestora cultural.
Também foi solicitado ao prefeito a contratação de um produtor cultural, com capacidade técnica comprovada, para a (re) elaboração de projeto e captação de recursos para o festival, levando em consideração os novos pressupostos de gestão compartilhada e a atual realidade orçamentária do país.
* GARCIA CANCLINI, Néstor (ed.) Políticas culturales en América Latina. México,
Grijalbo, 1987.p.51



Para saber mais sobre o significado da palavra empoderar, recomendo a leitura do texto:

Empoderamento, um desafio a ser enfrentado



Zezito de Oliveira - historiador, educador, produtor cultural e integrante do PRÓ-FASC