A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, reuniu-se na tarde de quarta-feira, 13, na sala de reuniões da Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPDE), com integrantes do Profasc - movimento que luta pelo retorno do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc). A gestora reafirmou seu apoio ao movimento e discutiu a reintrodução do Fasc no cenário cultural sergipano.
À frente da reunião, Eloísa destacou a importância do retorno do festival, como também, medidas institucionais que foram tomadas em prol do evento. “Nós entendemos que é importantíssimo para a cidade de São Cristóvão ter de volta um festival como este, pois dá vida cultural ao município que é patrimônio, não só dos sergipanos, mas da humanidade. No ano passado, nós conversamos com o então ministro da Cultura, Juca Ferreira, e houve um comprometimento dele com o retorno do Fasc. Voltaremos a tratar do assunto com a atual ministra, Ana de Hollanda, para garantir apoio do Governo Federal ao evento”, frisou a secretária.
A gestora explicou ainda que o órgão pretende dar apoio institucional e dar suporte à comissão realizadora, que deverá ser formada pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão e Universidade Federal de Sergipe (UFS), idealizadora do projeto. “No momento, nosso objetivo é garantir que o FASC volte a ter uma vida efetiva no calendário cultural do Estado”, declarou Eloísa Galdino.
Satisfação dos integrantes
Os membros da comissão se disseram satisfeitos e esperançosos com o que foi debatido. “Percebemos que há um retorno e esforço por parte da Secult quanto à volta do FASC no cenário cultural. O que resta é continuarmos nossa mobilização, e trazer a UFS e a Prefeitura de São Cristóvão para nossa causa. Só assim o festival será, agora, privilégio dos filhos do FASC”, contou a professora Lúcia Souza, fazendo referência aos jovens que são filhos do primeiro público do festival.
Segundo a professora Lúcia, seu filho Glauber Souza é um dos precursores do movimento de retorno ao Fasc. “É de suma importância que, assim como meu filho, os jovens conheçam e entendam o que foi o festival e o valor cultural e econômico que o evento teve para São Cristóvão. O evento era uma das poucas oportunidades que os cidadãos de São Cristóvão tinham para apreciar teatro, música, cinema, e outras artes”, contou.
Um dos líderes do movimento, Zezito de Oliveira, informou aos presentes que será realizado um seminário para o mês de maio que terá como objetivo mostrar para o público jovem o que foi o Festival de Artes e os benefícios culturais do seu retorno. “Semanalmente, nós da comissão nos reunimos para discussão de propostas em prol do Fasc”, disse Zezito. Ele lembrou que um evento parecido com esse seminário já foi executado, mas contou apenas com a participação de artistas e intelectuais sergipanos.
História do Festival
O Festival de Arte de São Cristóvão teve a sua primeira edição realizada no ano de 1972, prosseguindo até 1993, quando foi encerrado por decisão da Universidade Federal de Sergipe, instituição que idealizou e foi a responsável pela organização do evento até aquele ano.
Durante sua existência, o festival favoreceu o intercâmbio de uma parcela importante da produção cultural sergipana, tanto daquelas de caráter erudito, como das manifestações vinculadas às culturas populares, atraindo os mais variados públicos e os diversos tipos de artistas: coreógrafos, poetas, teatrólogos, músicos, artistas plásticos, cineastas, entre outros.
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