terça-feira, 12 de abril de 2011

O FASC É NOSSO

• Antônia Amorosa


A iniciativa da comunidade de São Cristóvão em realizar uma mobilização pública em torno do retorno do Festival de Arte de São Cristóvão vem pontuar a importância de um investimento imediato deste evento que ultrapassa as fronteiras de Sergipe, e credencia o povo Sãocristovense como legítimos defensores desta bandeira que tem sido até então ignorada pelos poderes públicos.
Criado pela Universidade Federal de Sergipe em 1972, o Festival de Arte de São Cristóvão foi palco de importantes referências nacionais e locais abrangendo num cenário aberto e acessível expressões da música, dança, teatro, literatura e representatividades folclóricas. A arte em sua mais qualitativa expressão confluía encontros de grupos que nos dias de hoje são de referências internacionais.
Sendo conduzido pela UFS até meados de 1992, o FASC passou a receber investimentos geridos pelo governo, ora coordenado por setores específicos ou pela administração municipal como ocorreu no ano de 2005 na gestão do ex prefeito, Zezinho da Everest, porém, por falta de recursos suficientes veio a perder na qualidade da sua programação, retirando o Festival de Arte de São Cristóvão de um espaço que lhe fora conferido por merecimento, vindo ocupar projetos em papéis e discursos ainda não cumpridos.
Passado sete anos, sabe-se que há por parte da Secretaria de Cultura na gestão de Eloísa Galdino um projeto direcionado para este fim, contudo, a comunidade de São Cristóvão pleiteia uma ação que reúna não apenas o desejo, mas o compromisso do seu retorno ainda este ano, assim como a garantia da sua continuidade, observando a importância de não utilizar a população de São Cristóvão como mero figurantes do processo, mas como importantes colaboradores da sua realização.
E para que isto aconteça organizações de vários segmentos culturais tem se manifestado no intuito de ampliar a força deste movimento em prol do retorno do FASC, dada a sua importância no contexto histórico e cultural do Estado de Sergipe.
O que esperamos é que ocorra um apoio substancial e permanente, estabelecendo a pauta como uma prioridade na cultura do Estado. Que se observe da necessidade de não permitir que referências já estabelecidas sejam dadas ao esquecimento, sendo substituídas por eventos que são comandados pelos modismos e influência midiática.
Já está em andamento a realização de um seminário idealizado pela comissão de São Cristóvão, assim como a realização de um evento aberto com o apoio dos artistas e da sociedade, como forma de chamar atenção do povo sergipano para que o FASC não venha se tornar um ponto da história Cultural de Sergipe que fora implodida pela falta de compromisso com as mais importantes realizações já empreendidas em nossa terra.
Esperamos uma ação conjunta por parte de todos aqueles que reconhecem a importância do retorno do Festival, para que possamos festejar uma programação alicerçada na qualidade, no bom gosto, vindo a ocupar o pódio de um dos mais cobiçados festivais de arte do Brasil
• Cantora, jornalista.

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http://scprofasc.blogspot.com/2011/04/festival-de-arte-de-sao-cristovao.html




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